Esse tema é muito importante para o relacionamento conjugal, muitos
casamentos são desfeitos devidos a problemas financeiros, muitas vezes
colocamos a responsabilidade desse tipo de problema no outro. Grande parte dos
problemas de relacionamento entre marido e mulher começa no dinheiro. Muitas
vezes o dinheiro, verdadeiro vilão, não é reconhecido como tal, ele fica por
trás dos bastidores. Quando o marido não leva sua esposa para um jantar, ela vê
a falta de romantismo enquanto o vilão é a falta de dinheiro, ou quando a
esposa não renova o guarda-roupa e anda com roupas mais antigas, ele enxerga o
desleixo dela, quando novamente o vilão está por trás.
Devemos entender como lidar com essas situações.
Desejo que esse texto possa fazer vocês refletirem e entenderem que o
casal deve ser parceiro também na área financeira.
Muitos casais quando se unem entendem que cada um cuida das suas próprias
finanças e não conversam sobre (as) suas receitas e os seus gastos, muitas
vezes simplesmente dividem algumas contas. Então orçamento, planejamento
financeiro, dinheiro e controle de gastos não fazem parte do dialogo. Se
unem em matrimonio, mas não se unem financeiramente, passando por cima do fato
de que a união financeira faz parte do casamento.
O casal deve se empenhar em conjunto para que possam ter estabilidade e
prosperar, aconselho que você procure o seu parceiro para conversar sobre o
assunto sempre. Muitos casais tendem a deixar essa responsabilidade para um dos
dois, isso é compreensível, no entanto mesmo assim deve haver um interesse no
assunto, planejamento e estratégias da dupla. Sem o esforço em conjunto um vai
ficar puxando o outro, ou pior um derrubando o outro.
É importante identificar qual o perfil financeiro de
cada um. No livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos (Gustavo
Cerbasi), o autor define 5 perfis:
Poupadores: Sabem da importância de guardar, são capazes de restringir
os gastos pensando no futuro, mas acabam se conformando com um padrão mais
simples de vida.
Gastadores: Pensam no hoje, gastam toda a sua renda, ás vezes mais.
Gostam de ostentar e são abertos a novas ideias.
Descontrolados: Não sabem o quanto entra, nem o quanto sai. Usam cheque
especial, pagam só parte do cartão, são desorientados.
Desligados: Gastam menos do que ganham, mas sem um controle específico.
Acham cedo pensar em aposentadoria.
Financistas: São rigorosos, fazem conta de tudo, conseguem pensar em
estratégias de investimento e até para comprar, tem tendência a se tornar o
chato.
Com base nesse conhecimento, pense qual o seu perfil e o do seu cônjuge,
estimule os pontos fortes e equilibrem suas fraquezas.
Planejamento financeiro não é coisa do outro mundo, vocês são capazes de
fazer, procurem ajuda com amigos que são exemplos de casais bem sucedidos,
procure ajuda de especialistas, estude, se informe - No final do post faço
algumas recomendações).
Para cada fase de nossa vida precisamos nos organizar financeiramente,
ter um planejamento diferente.
No namoro normalmente estamos sentindo o gostinho da "liberdade",
a novidade de trabalhar e receber o dinheiro do seu esforço. É comum durante
essa fase estarmos realizando escolhas que vão definir o nosso futuro, escolha
de qual faculdade cursar, em qual área trabalhar... Esse também é o
momento de decidir como lidar com o dinheiro.
Esse período oferece uma grande oportunidade de aprender a construir a
independência financeira; se nessa fase começarmos a viver além das nossas
posses, o dinheiro vai faltar no futuro. Precisamos ter planos de emergência,
para evitar transtornos piores. Tendo reservas o dinheiro não será
problema.
Todo relacionamento começa com o namoro, fase em que gostamos de surpreender
o outro, e surpreender muitas vezes é ser diferente, uma maneira de sê-lo é
gastar dinheiro de forma inesperada. Usamos nosso dinheiro para a conquista,
comprando presentes ou praticando alguma atividade juntos. O problema
é o exagero quando passamos do ponto podemos perder uma excelente fase
para enriquecer, pois não se tem gastos fixos com a manutenção
de um lar e uma família. Não é errado agradar a pessoa amada, no entanto
precisamos aprender a usar a criatividade, podemos surpreender de inúmeras formas,
não necessariamente gastando muito.
A próxima fase é o noivado, nessa fase sonhamos
com a festa de casamento, com a casa nova, aí tomamos decisões que podem fazer
com que o casamento inicie com tranquilidade financeira, ou podemos levar anos
para nos recuperarmos do baque da falta de planejamento.
Planejem a festa do tamanho que cabe no bolso de vocês, algo que aprendi
é que toda festa de casamento vai ter um problema ou outro, lembrem que o
importante da festa é comemorar a decisão de se unirem e dividir essa alegria
com amigos e familiares. Por isso festeje sim, mas não se endivide por
causa da festa, se vocês não abrem mão de uma festa mais completa saibam que o
ideal é aumentar o prazo, cabe a cada casal decidir o querem em conjunto.
Outro grande desafio nessa época é conseguir construir o ninho, saber
calcular qual vai ser a despesa com a compra ou aluguel de um imóvel. Planejem
bem, pois normalmente o casal não está acostumado com essas despesas, CUIDADO
com a compra de imóveis na planta, pesquise bastante, CUIDADO com o
financiamento, se puder corra dele, normalmente vão pagar em uma casa o valor
de duas. Sei bem que é muito difícil a aquisição de um imóvel a vista, mas
oriento a dar a maior entrada possível, e, se mesmo assim a compra estiver
longe do poder aquisitivo, vá para o aluguel, lembrando sempre de estar dentro
do orçamento do casal. Compra ou aluguel, a casa deve estar dentro do padrão de
vocês.
Depois do grande dia começa a vida a dois de
fato. Para se ter sucesso conjugal precisa-se focar num objetivo mutuo: a
união. Isso serve também para as finanças . Com o casamento passa-se a ter duas
rendas, duas mentes, duas formas de lidar com o dinheiro. O casal precisa
mediar seus próprios objetivos financeiros saindo de planos individuais para
planos em conjunto. O ideal é os dois pensarem, calcularem, estudarem juntos.
Essa fase do relacionamento normalmente é marcada por novas situações,
pessoas que não tinham gastos começam a receber cartinhas especiais, contas de
água, luz, telefone, gás, cartão de crédito, e outras mais. O IMPORTANTE é
saber que sempre, durante toda a nossa vida, a regra de ouro é: GASTAR MENOS DO
QUE SE GANHA. Essa regra parece óbvia, entretanto muitos casais sofrem grandes
problemas por quererem viver acima das suas posses. Infelizmente vivemos em uma
sociedade que enxerga o nível de sucesso através do que possuímos, não seja
escravo desse pensamento consumista.
Esse é o momento em que o casal deve planejar o futuro baseado nas
receitas e despesas mensais estipulando objetivos para alcançar uma renda extra
posteriormente, complementando o salário, a aposentadoria oficial e conseguir alcançar
a independência financeira. É importante colocar como item nos cálculos mensais
uma parte para esse investimento. Especialistas recomendam variadas proporções
para esse percentual da renda, eu particularmente entendo que cada um deve
encontrar o seu ideal - nos referencias abaixo recomendo o site da IGF, lá é
possível utilizar calculadoras de investimentos. Algo muito importante para conseguirmos
manter o investimento é o ato de pagar
se a si mesmo primeiro, isto é, logo quando receber seus rendimentos mensais
separe a parte dos investimentos – se deixarmos para o final acabamos achando
outra função para esse dinheiro e nunca vai sobrar para o investimento - as instituições financeiras oferecem
investimentos programados que podem auxiliar.
Com a chegada dos filhos, as despesas da família aumentam a cada ano, por
isso é fundamental um bom planejamento financeiro. Casais que não estão com as
finanças equilibradas tendem a entram em crise com os gastos com os filhos. O
que, antes, era utilizado para o lazer passa a ser utilizado com os filhos e os
casais mais desavisados sofrem, podendo chegar ao divorcio. Devemos encontrar o
equilíbrio na nossa vida financeira, a medida certa entre a receita, os gastos
e investimentos, com os filhos na equação temos que ser cautelosos com as
nossas decisões.
A vinda de um filho traz mudanças à vida do casal na mesma proporção ou
até maior que o próprio casamento. Gastos com vestuário, educação, plano de
saúde, remédios, festas, supermercado se tornam parte da rotina. Se preparem
para isso e saibam que é normal um corte de gastos em lazer, mas aproveitem o
tempo, como casal e como família, dedicação aos filhos é uma diversão que pode
ser aproveitada pela família.
Além de tudo que vimos, é fundamental que a família tenha uma reserva
financeira para imprevistos, pois eles sempre acontecem. Passei por algumas
despesas inesperadas que não criaram um maior impacto, pois tinha a minha
reserva montada para esses sustos.
Especialistas recomendam que o valor ideal da reserva deve ser suficiente para cobrir de 3 a 6 meses
de despesas. É simples, veja o valor médio das despesas mensal da família e
multiplique por um valor de segurança, cada casal deve optar por esse valor,
conforme a instabilidade da renda de vocês.
E lembrem a responsabilidade do homem e da mulher
Recomendações:
Livro: Casais Inteligentes Enriquecem Juntos - Gustavo Cerbasi - Editora
Gente
http://www.clubedopairico.com.br/
http://queroficarrico.com/blog/
http://www.igf.com.br/calculadoras/indexCalc.aspx