sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Casais Financeiramente Ajustados Permanecem Juntos

Independencia financeira
Esse tema é muito importante para o relacionamento conjugal, muitos casamentos são desfeitos devidos a problemas financeiros, muitas vezes colocamos a responsabilidade desse tipo de problema no outro. Grande parte dos problemas de relacionamento entre marido e mulher começa no dinheiro. Muitas vezes o dinheiro, verdadeiro vilão, não é reconhecido como tal, ele fica por trás dos bastidores. Quando o marido não leva sua esposa para um jantar, ela vê a falta de romantismo enquanto o vilão é a falta de dinheiro, ou quando a esposa não renova o guarda-roupa e anda com roupas mais antigas, ele enxerga o desleixo dela, quando novamente o vilão está por trás.
Devemos entender como lidar com essas situações.

Desejo que esse texto possa fazer vocês refletirem e entenderem que o casal deve ser parceiro também na área financeira.

Muitos casais quando se unem entendem que cada um cuida das suas próprias finanças e não conversam sobre (as) suas receitas e os seus gastos, muitas vezes simplesmente dividem algumas contas. Então orçamento, planejamento financeiro, dinheiro e controle de gastos não fazem parte do dialogo. Se unem em matrimonio, mas não se unem financeiramente, passando por cima do fato de que a união financeira faz parte do casamento.

O casal deve se empenhar em conjunto para que possam ter estabilidade e prosperar, aconselho que você procure o seu parceiro para conversar sobre o assunto sempre. Muitos casais tendem a deixar essa responsabilidade para um dos dois, isso é compreensível, no entanto mesmo assim deve haver um interesse no assunto, planejamento e estratégias da dupla. Sem o esforço em conjunto um vai ficar puxando o outro, ou pior um derrubando o outro.

É importante identificar qual o perfil financeiro  de cada um. No livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos (Gustavo Cerbasi), o autor define 5 perfis:

Poupadores: Sabem da importância de guardar, são capazes de restringir os gastos pensando no futuro, mas acabam se conformando com um padrão mais simples de vida.
Gastadores: Pensam no hoje, gastam toda a sua renda, ás vezes mais. Gostam de ostentar e são abertos a novas ideias.
Descontrolados: Não sabem o quanto entra, nem o quanto sai. Usam cheque especial, pagam só parte do cartão, são desorientados.
Desligados: Gastam menos do que ganham, mas sem um controle específico. Acham cedo pensar em aposentadoria.
Financistas: São rigorosos, fazem conta de tudo, conseguem pensar em estratégias de investimento e até para comprar, tem tendência a se tornar o chato.

Com base nesse conhecimento, pense qual o seu perfil e o do seu cônjuge, estimule os pontos fortes e equilibrem suas fraquezas.

Planejamento financeiro não é coisa do outro mundo, vocês são capazes de fazer, procurem ajuda com amigos que são exemplos de casais bem sucedidos, procure ajuda de especialistas, estude, se informe - No final do post faço algumas recomendações).

Para cada fase de nossa vida precisamos nos organizar financeiramente, ter um planejamento diferente.
No namoro normalmente estamos sentindo o gostinho da "liberdade", a novidade de trabalhar e receber o dinheiro do seu esforço. É comum durante essa fase estarmos realizando escolhas que vão definir o nosso futuro, escolha de qual faculdade cursar, em qual área trabalhar... Esse também é o momento de decidir como lidar com o dinheiro.
Esse período oferece uma grande oportunidade de aprender a construir a independência financeira; se nessa fase começarmos a viver além das nossas posses, o dinheiro vai faltar no futuro. Precisamos ter planos de emergência, para evitar transtornos piores. Tendo reservas o dinheiro não será problema.

Todo relacionamento começa com o namoro, fase em que gostamos de surpreender o outro, e surpreender muitas vezes é ser diferente, uma maneira de sê-lo é gastar dinheiro de forma inesperada. Usamos nosso dinheiro para a conquista, comprando presentes ou praticando alguma atividade juntos. O problema é o exagero quando passamos do ponto podemos perder uma excelente fase para enriquecer, pois não se tem gastos fixos com a manutenção de um lar e uma família. Não é errado agradar a pessoa amada, no entanto precisamos aprender a usar a criatividade, podemos surpreender de inúmeras formas, não necessariamente gastando muito.

A próxima fase é o noivado, nessa fase sonhamos com a festa de casamento, com a casa nova, aí tomamos decisões que podem fazer com que o casamento inicie com tranquilidade financeira, ou podemos levar anos para nos recuperarmos do baque da falta de planejamento.

Planejem a festa do tamanho que cabe no bolso de vocês, algo que aprendi é que toda festa de casamento vai ter um problema ou outro, lembrem que o importante da festa é comemorar a decisão de se unirem e dividir essa alegria com amigos e familiares.  Por isso festeje sim, mas não se endivide por causa da festa, se vocês não abrem mão de uma festa mais completa saibam que o ideal é aumentar o prazo, cabe a cada casal decidir o querem em conjunto.

Outro grande desafio nessa época é conseguir construir o ninho, saber calcular qual vai ser a despesa com a compra ou aluguel de um imóvel. Planejem bem, pois normalmente o casal não está acostumado com essas despesas, CUIDADO com a compra de imóveis na planta, pesquise bastante, CUIDADO com o financiamento, se puder corra dele, normalmente vão pagar em uma casa o valor de duas. Sei bem que é muito difícil a aquisição de um imóvel a vista, mas oriento a dar a maior entrada possível, e, se mesmo assim a compra estiver longe do poder aquisitivo, vá para o aluguel, lembrando sempre de estar dentro do orçamento do casal. Compra ou aluguel, a casa deve estar dentro do padrão de vocês.

Depois do grande dia começa a vida a dois de fato. Para se ter sucesso conjugal precisa-se focar num objetivo mutuo: a união. Isso serve também para as finanças . Com o casamento passa-se a ter duas rendas, duas mentes, duas formas de lidar com o dinheiro. O casal precisa mediar seus próprios objetivos financeiros saindo de planos individuais para planos em conjunto. O ideal é os dois pensarem, calcularem, estudarem juntos.
Essa fase do relacionamento normalmente é marcada por novas situações, pessoas que não tinham gastos começam a receber cartinhas especiais, contas de água, luz, telefone, gás, cartão de crédito, e outras mais. O IMPORTANTE é saber que sempre, durante toda a nossa vida, a regra de ouro é: GASTAR MENOS DO QUE SE GANHA. Essa regra parece óbvia, entretanto muitos casais sofrem grandes problemas por quererem viver acima das suas posses. Infelizmente vivemos em uma sociedade que enxerga o nível de sucesso através do que possuímos, não seja escravo desse pensamento consumista.

Esse é o momento em que o casal deve planejar o futuro baseado nas receitas e despesas mensais estipulando objetivos para alcançar uma renda extra posteriormente, complementando o salário, a aposentadoria oficial e conseguir alcançar a independência financeira. É importante colocar como item nos cálculos mensais uma parte para esse investimento. Especialistas recomendam variadas proporções para esse percentual da renda, eu particularmente entendo que cada um deve encontrar o seu ideal - nos referencias abaixo recomendo o site da IGF, lá é possível utilizar calculadoras de investimentos. Algo muito importante para conseguirmos manter  o investimento é o ato de pagar se a si mesmo primeiro, isto é, logo quando receber seus rendimentos mensais separe a parte dos investimentos – se deixarmos para o final acabamos achando outra função para esse dinheiro e nunca vai sobrar para o investimento -  as instituições financeiras oferecem investimentos programados que podem auxiliar.

Com a chegada dos filhos, as despesas da família aumentam a cada ano, por isso é fundamental um bom planejamento financeiro. Casais que não estão com as finanças equilibradas tendem a entram em crise com os gastos com os filhos. O que, antes, era utilizado para o lazer passa a ser utilizado com os filhos e os casais mais desavisados sofrem, podendo chegar ao divorcio. Devemos encontrar o equilíbrio na nossa vida financeira, a medida certa entre a receita, os gastos e investimentos, com os filhos na equação temos que ser cautelosos com as nossas decisões.

A vinda de um filho traz mudanças à vida do casal na mesma proporção ou até maior que o próprio casamento. Gastos com vestuário, educação, plano de saúde, remédios, festas, supermercado se tornam parte da rotina. Se preparem para isso e saibam que é normal um corte de gastos em lazer, mas aproveitem o tempo, como casal e como família, dedicação aos filhos é uma diversão que pode ser aproveitada pela família.

Além de tudo que vimos, é fundamental que a família tenha uma reserva financeira para imprevistos, pois eles sempre acontecem. Passei por algumas despesas inesperadas que não criaram um maior impacto, pois tinha a minha reserva montada para esses sustos.

Especialistas recomendam que o valor ideal da reserva  deve ser suficiente para cobrir de 3 a 6 meses de despesas. É simples, veja o valor médio das despesas mensal da família e multiplique por um valor de segurança, cada casal deve optar por esse valor, conforme a instabilidade da renda de vocês.

E lembrem a responsabilidade do homem e da mulher



Recomendações:
Livro: Casais Inteligentes Enriquecem Juntos - Gustavo Cerbasi - Editora Gente
http://www.clubedopairico.com.br/
http://queroficarrico.com/blog/
http://www.igf.com.br/calculadoras/indexCalc.aspx







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